segunda-feira, dezembro 01, 2008

Hermann Hesse

Tenho mania de riscar livros, fazer anotaçoes de pé de página, marcar partes do texto, enfim.
Inutilizo um livro para outros leitores quase que de forma egoísta.
E não precisa ser um livro acadêmico. Faço isso com qualquer livro. Não consigo desenvolver a leitura se não tiver um marca texto nas mãos, ou um lápis.
Um dia li Sidarta.
Na ocasião, achei que seria um texto insuperável, pois rabisquei todo o livro.
Fala da ansiedade da juventude. E tem toda aquela carga do zen, das filosofias orientais, enfim.
Depois li Demian...lindo livro.
Eu só tinha 16 anos.
Anotei uma frase linda desse livro...:
"Quem quiser nascer tem que destruir um mundo;
destruir no sentido de romper com o passado e as tradições já mortas,de desvincular-se do meio excessivamente cômodo e seguro da infância para a conseqüente dolorosa busca da própria razão do existir:
ser é ousar ser."

E isso virou um mantra.
Sempre fui ousada. Atrevida.
E agora eu era ousada com o apoio de ninguém mais que Herman Hesse!!
Senti um vazio enorme quando cheguei ao fim do livro.
Uma impressão que tinha sido uma maldade sem tamanho, do autor, dar um fim aquela história.
Já li demian umas 4 vezes desde entao.
Dái fui ler O lobo da estepe. Sabe aquela coisa de gostar do autor e achar que todos os livros dele serão recebidos da mesma forma, ne?
Mas aos 16 anos vc nao faz a menor ideia do que seja um Harry Haller vivendo sua crise aos 40.
Não cheguei nem mesmo a entender.
Mas reli aos 30.
E fiz um resumo.
Eu e minha mania de fichar tudo que leio.
Hoje reli esse meu resumo.
Vale outro post.
Até lá

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