terça-feira, julho 28, 2009

Uns dias de férias na praia....

Um sujeito vai visitar o amigo José Sarney no Senado Federal e aproveita para lhe pedir um emprego para o seu filho que tinha acabado de completar o supletivo do 1º grau.

- Eu tenho uma vaga de assessor, só que o salário não é muito bom...
- Quanto doutor?
- Pouco mais de 10 mil reais!
- Dez Mil!!!!???? Mas é muito dinheiro para o garoto! Ele não vai saber o que fazer com tudo isso não, doutor!!!! Não tem uma vaguinha mais modesta?
- Só se for para trabalhar na assembléia. Meio período e eles estão pagando só 7 mil!
- Ainda é muito doutor! Isso vai acabar estragando o menino!
- Bom, então tenho uma de consultor. Estão pagando 5 mil reais por mês, serve?
- Isso tudo é muito ainda, doutor. O Senhor não tem um emprego que pagasse uns mil e quinhentos ou até dois mil reais???
- Ter até tenho, mas aí é só por concurso e é para quem tem curso superior, pós-graduação ou mestrado, bons conhecimentos em informática, domínio da língua portuguesa, fluência em inglês e espanhol e conhecimentos gerais.
Além do mais ele terá que COMPARECER AO TRABALHO TODOS OS DIAS...

domingo, julho 19, 2009





Eu sempre tive uma imagem muito lúdica quanto ao PT. Sim..o Partido dos Trabalhadores.

Essa foto acima da ministra Dilma Rousseff foi publicada no jornal O Globo.

Quem associava a ministra àquela revolucionária dos anos 70 e temia sua ascenção ao cargo de presidente, pode ficar tranquilo. Se um dia ela foi uma revolucionária, ela já se esqueceu do fato.

Nessa foto ela aparece de braço com uma Kelly. Modelo da bolsa que ela carrega no braço, da grife Hermès e que foi criada em homenagem à princesa Grace.

Detalhe: a bolsa não custa menos de 5.000 euros (cerca de R$ 14 mil reais).

É como diz uma pessoa que eu admiro bastante:
"hoje aprende-se em faculdade que uma coisa é o discurso pra chegar lá e outra coisa é depois que já chegou.
Não existe ideologia.
Isso só o Cazuza tinha.
E morreu por isso".

sábado, julho 11, 2009

Porque as pessoas se tornam mais agressivas no ambiente digital?



Ao longo dos anos venho observando como as pessoas lidam com computadores e não conseguem sentir a presença do outro individuo através da telinha. Me refiro a fóruns de discusão ou qualquer ambiente virtual que se proponha a discutir sobre assuntos específicos.

Costumo dizer que essas pessoas não desenvolveram a sensibilidade teclativa.

Nestes casos, essas pessoas agem como se estivessem interagindo realmente com um computador ignorando a existência de seres humanos e os sentimentos do interlocutor.Isso quando enviam uma mensagem!!

Quando recebem uma mensagem mudam de atitude e tratam esta em tom pessoal, sentindo neste momento que aquilo que está escrito esta em tom pessoal.

É aqui que a confusão começa.

Na internet, as mensagens por fórum ou e-mail são muito frias (sem expressão) por mais que tentemos amenizá-las com uso de onomatopéias. É muito fácil, a falta de sensibilidade entre os participantes gerar algum atrito ou desconforto, mesmo entre pessoas próximas.

Lembro de uma amiga que me enviou um e-mail e após eu responder me ligou perguntando se eu estava zangada com ela. Estranhei a pergunta e questionei o porque ela pensava que eu estivesse zangada. E ela disse: "Achei o seu e-mail muito seco".

Tive de explicar que era difícil responder um e-mail atencioso naquele momento de correria e sobrecarga de atividades. Que minha intenção tinha sido não deixá-la sem resposta.

A maioria dos desentendimentos em meios digitais tem sua origem nos erros de interpretação nas mensagens ou por respostas formuladas erroneamente.

Como contribuir para um ambiente melhor?

É muito difícil uma lista de discussão pública (pública sim, pois qualquer pessoa pode ter acesso ao espaço) sem moderação, ou com moderação parcial, e quando falo parcial me refiro a Parcialidade conseguir um ambiente pacífico e acolhedor.

Parcialidade é pensar tomando um partido, uma direção. A imparcialidade é pensar com justiça com retidão.

Existem basicamente dois grupos de pessoas que participam de listas de discussão ou fóruns cujas atitudes podem levar a um stress no grupo. Veja se voce se encaixa em algum dos tipos e fique atento para suas possíveis falhas.

Grupo 1 - Intolerante, preconceituoso.
Este é o mais comum e todos nós possuímos um certo grau de intolerância e preconceito.

Grupo 2 - Onipotente, convicto.
Este é outro problema muito comum principalmente em listas de discussão e fóruns.
O convicto sempre acredita que está certo e escreve mensagens como se fosse o dono da verdade. Ele não supõe e sim afirma. Julgando e condenando tudo e todos que são contrários a sua percepção.

Aqui também todas as pessoas possuem um certo grau de convicção que precisa ser observado com cautela.

Este é o inverso do propósito de uma lista de discussão.

Imagine se inscrever em um ambiente para debater sem aceitar e respeitar opiniões alheias.

Se você é uma pessoa convicta procure substituir afirmação por suposição.
Neste caso não garanta ou tenha certeza, use sempre expressões do tipo: Me parece que...Tenho a impressão... Acredito que... Pode ser....Conheço um forense que é especialista nesse tipo de postura.

Evite as expressões: Tenho certeza...Te garanto...É assim...
Observe que para um debate fluir e existir a troca de opiniões, não pode existir imposição, mesmo em problemas ou procedimentos de caráter técnicos.

Ah, existe um terceiro grupo: Daqueles que querem tudo na mão. Não se dão ao trabalho de tentar aprender nada. Mas esse tipo de participante, em geral, acaba sendo excluído do grupo de forma natural.

terça-feira, julho 07, 2009

E o futuro?

Não. Não estou querendo prever o futuro, mas certas coisas, que estão virando rotineiras, me deixam preocupada. Hoje cedo fui até a farmácia e havia esquecido o nome de um dos remédios que precisava comprar. Enquanto eu tentava lembrar o nome (lembrava o princípio ativo, mas não lembrava o nome comercial) a balconista pediu meu CPF e abriu meu histórico. Tava La o medicamento. Nome comercial e todas as compras efetuadas com as respectivas datas.

Não tem nem dois meses, pedi uma pizza pra entrega domiciliar e fiz uma ressalva quanto à falta de azeitonas num pedido anterior. Pedido atendido. Uma semana depois pedi outra pizza também para entrega domiciliar, lembrei das azeitonas e fui surpreendida com o atendente se referindo ao pedido anterior.

Tudo que você faz está sendo registrado em um sistema. O uso que eu faço do cartão de credito em compras online, o Sem-Parar nas estradas, nos shoppings. Ou seja, daqui cinco anos a quantidade de informações que esses sistemas terão sobre mim será enorme. Aonde eu vou aos finais de semana, onde eu compro comida, que medicamentos costumo usar. Ou seja, o sistema está registrando tudo sobre meus hábitos.

Vai chegar o dia que esses sistemas, hoje desconectados, irão compatibilizar seus dados e então o sistema irá pautar meus hábitos. Vamos supor que o sistema identifique que, pelos medicamentos que venho consumindo, estou a beira de uma gastrite, uma cirrose, sei la. Algo asim... Isso será péssimo para o meu plano de saúde. O sistema do meu plano de saúde, por sua vez irá regrar meu consumo de bebida alcoólica, pois, caso eu venha a contrair a doença custarei caro para eles. O que fazem? Determinam que não poderei consumir mais que duas doses de caipirinha. Um belo dia estarei em um restaurante e pedirei ao garçom a minha terceira dose de caipirinha e ele voltará com a informação que atingi o limite de doses.

O sistema saberá tudo sobre mim. O cartão de crédito que usei no posto de gasolina identificará onde eu estava. O Sem-Parar, onde eu estive. Pra onde eu fui. Sem contar que os celulares mais modernos são capazes de dizer onde eu estou, exatamente, num raio de muitas centenas de quilômetros. O Pão de Açúcar já sabe o que eu costumo consumir. Minha lista de compras está previamente definida. Basta um acesso via internet para que ela seja entregue na minha casa.

Só pega criança na escola quem quer. A escola se encarrega de pegar e devolver seus filhos.

Pensar no que a tecnologia poderá interferir nas nossas vidas, nos nossos hábitos, assusta. E a tecnologia está em toda parte. O mundo já esta sendo movimentado por softwares. O elevador do meu prédio é controlado por um software, os semáforos também, os celulares, os controles do meu automóvel. Tudo é software.

Reuniões já podem ser feitas com pessoas em países diferentes. Cirurgias estão acontecendo dessa forma e já dispensando a habilidade manual do médico. Um robô faz o serviço. Tudo é software.

Isso é bom ou será ruim?

Penso que pode ser bom. Digamos que daqui uns anos venhamos a ter uma internet em casa com uma velocidade estupidamente grande. Mil vezes maior do que eu tenho hoje, ou seja, 1 gigabyte por segundo, no mínimo. Eu poderei virtualizar todos os meus contatos mantendo o mesmo sentimento da presença física.

Hoje eu me desloco pra o trabalho porque os meios estão lá. Poderei ficar mais em casa. Adeus horas perdidas em engarrafamentos intermináveis. Doutorados presenciais serão coisas do passado. Terei mais tempo com minha família. Urbanisticamente falando, uma vez que os deslocamentos serão minimizados, ruas mais largas e viadutos serão desnecessários. Essa revolução tecnológica proporcionará a sobrevivência das cidades evitando o colapso, aos olhos de hoje, praticamente inevitável.